Artigo de opinião de Tiago Oom na Grande Consumo.

Durante mais de um ano, para diversos setores o único canal de venda “aberto” passou a ser o e-commerce, mas Portugal ainda está abaixo da média da Europa, como refere Tiago Oom neste artigo de opinião.

“Comecemos pelo óbvio: a situação pandémica e o consequente encerramento da maior parte dos negócios vieram impactar os hábitos de consumo dos portugueses. Durante mais de um ano, para diversos setores o único canal de venda “aberto” passou a ser o e-commerce. E mesmo para os que puderam manter os seus espaços físicos abertos, o comércio eletrónico demonstrou ser uma garantia de sustentabilidade para muitos deles, ao mesmo tempo que para o consumidor se tornou uma alternativa de pagamento mais simples, cómoda e segura, permitindo evitar deslocações e contacto com outras pessoas em período de confinamento. “

Esta tendência refletiu-se nos motores de busca, onde pesquisas por “compras online” ou “loja online”, dispararam. Sem que nada o fizesse prever, assistimos a uma crescente aceitação dos portugueses a novas formas de consumir e de utilizar o seu dinheiro, nomeadamente as famílias começaram a aderir mais ao comércio online, aos pagamentos digitais – seja as componentes de e-commerce, ou a utilização de outras opções, como o contactless – e , inevitavelmente, à massificação das entregas ao domicílio.